segunda-feira, 24 de abril de 2017

Mobilidade profissional poderá chegar a Espanha, Itália e Austrália




 A reciprocidade é a principal contrapartida exigida pelo Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) para que acordos de mobilidade profissional internacional sejam firmados, seguindo o êxito do Termo já ratificado junto à Ordem dos Engenheiros de Portugal. Com essa premissa, o presidente José Tadeu da Silva recebeu, na tarde desta terça (18), uma comitiva do Ministério do Planejamento, interessada em expandir os convênios também para profissionais de origem espanhola e italiana. “Temos interesse em ampliar essa proposta de mobilidade profissional recíproca. Inclusive, além desses países, também temos mantido negociações com a Austrália”, comentou. Durante a reunião também ficou acertada a criação de comitê para dar continuidade ao diálogo sobre o tema.

Formada pelo secretário de Assuntos Internacionais, Jorge Arbache, pelos assessores José Nelson Bessa Maia, David Menezes e pelo analista Luciano Silva, a comitiva foi recebida pelo presidente e pelo assessor da presidência do Confea, eng. agr. Flávio Bolzan.
“Temos que fazer o país andar, e o setor da Engenharia move o país. Assim, entendemos a necessidade de conversar com o Confea para que vocês possam nos ajudar a sinalizar isso para o mercado internacional de infraestrutura, já que as empresas nos cobram esse passo antes de aceitarem investir nas concessões de aeroportos, portos, energia e outras áreas. Consideramos mais do que razoável que eles queiram fazer uso de seus engenheiros, e temos que colocar esses editais na rua”, sugeriu Arbache. Ele citou como exemplo acordo firmado com o Peru para a liberação recíproca de compras governamentais, a ser estendido ao México, Colômbia e Chile, “gerando concorrência sem afetar o nosso mercado”.



     O presidente José Tadeu abordou a necessidade de atender às leis nº 5.194/1966, 8.666/93 e 6.496/1977  para esclarecer a importância da Anotação de Responsabilidade Técnica e da Certidão de Acervo Técnico como formas de proteger a sociedade por meio do reconhecimento de profissionais habilitados, inclusive em obras públicas.  
       “Agora, com Portugal, onde a princípio definimos uma cota de 500 profissionais/ano, a única exigência foi o registro na entidade profissional, o que já garante a capacidade profissional por meio de um documento com fé pública, que considera o tripé formação, qualificação e atribuição profissional. Vieram 96 portugueses, e levamos 428 profissionais brasileiros. Acredito que essa experiência possa ser reproduzida nesses dois países, Espanha e Itália, e também com a Austrália, onde já estamos com um entendimento bastante adiantado. Mas talvez seja necessário o contato governamental porque eles também têm que abrir a porteira deles lá”, comentou José Tadeu, citando os entendimentos mantidos com a  Espanha e com outros países de língua castelhana.

Fonte:
Alessandra Cardoso e Henrique Nunes
Equipe de Comunicação do Confea

sábado, 1 de abril de 2017

Betão superhidrofóbico poderá aumentar durabilidade das nossas pontes e edifícios para 120 anos

Fonte: engenhariacivil.com


Uma equipa de investigadores da Universidade de Wisconsin-Milwaukee (UWM) está a estudar novas formas de aumentar a durabilidade do betão, através da criação de linhas de defesa contra um dos mais temíveis inimigos das estruturas de betão armado, a água.
Para tal, os Engenheiros Civis da UWM criaram um betão inovador, com propriedades superhidrofóbicas, que é capaz de repelir a água e impedir que esta penetre no seio dos elementos estruturais.
O novo betão é fabricado com um material denominado Compósito Cimentício Superhidrofóbico que combate as degradações induzidas pela água de duas formas diferentes.
Por um lado, os investigadores da UWM utilizam um nano-aditivo que induz alterações ao nível molecular quando o elemento estrutural endurece, populando a superfície do betão com formações microscópicas alongadas em espigão. Estas formações originam o escorregamento imediato das gotas de água, impedindo a sua penetração na estrutura.
A outra forma de controlo consiste na adição, durante a mistura da argamassa, de óleo de siloxano. Este vai ocupar parte dos vazios do betão, sendo libertado quando ocorre fissuração. Esta substância impede que a água sature o elemento de betão.

Fonte: engenhariacivil.com

Estas técnicas, combinadas com a utilização de reforço com fibras de álcool polivinílico ou polietileno de alta densidade, que permite reduzir a probabilidade de ocorrência de fendas de grande dimensão, tornam os elementos estruturais praticamente impermeáveis à água.
Ao reduzir a possibilidade do aumento significativo da dimensão das fibras, vai-se promover uma situação alternativa de microfissuração uniforme, que permitem a manutenção das características superhidrofóbicas do novo betão.
A mesma equipa está a desenvolver em simultâneo outras soluções que poderão permitir aumentar a resistência e durabilidade das estruturas. Por exemplo, os engenheiros norte-americanos criaram um tipo de betão ultra-permeável, dirigido à construção de infraestruturas rodoviárias e aeroportuárias, que permite que a água atravesse um pavimento de betão sem qualquer impedimento, sendo conduzida, de forma quase imediata, para as camadas drenantes inferiores.
Esta solução pode ser integrada em soluções urbanas sustentáveis de gestão de águas pluviais.

Fonte: engenhariacivil.com



Referências:
https://www.engenhariacivil.com/betao-superhidrofobico-durabilidade-pontes-edificios

XXI Congresso da Ordem dos Engenheiros "Engenharia e Transformação Digital”