domingo, 19 de fevereiro de 2017

Execução de Estaca Mega para reforço de fundação

Execução de Estaca Mega


XXI Congresso da Ordem dos Engenheiros "Engenharia e Transformação Digital”

XXI Congresso da Ordem dos Engenheiros
"Engenharia e Transformação Digital”

Portugal - Coimbra | 23 e 24 de novembro de 2017


"Engenharia e Transformação Digital” constitui a temática central do XXI Congresso Nacional da Ordem dos Engenheiros que terá lugar em Coimbra, no Convento de São Francisco, a 23 e 24 de novembro de 2017.

O Congresso decorre cerca de um ano e meio após o anúncio, pela Comissão Europeia, de um conjunto de medidas de potenciação da competitividade da economia em todos os setores e independentemente da dimensão das empresas, estimulando o pleno aproveitamento das tecnologias digitais.
A temática do Congresso reveste-se, ainda, de atualidade acrescida pelo recente lançamento público do programa nacional Indústria 4.0, que promoverá a criação de start-ups e spin-offs empresariais e universitárias e que servirá o objetivo de potenciar os níveis de interconetividade e controlo de toda a cadeia de valor dos produtos, proporcionando a geração de maior valor acrescentado.

As reflexões e debates a promover durante o XXI Congresso terão como linha condutora os universos relacionados com a investigação científica e a inovação; a estratégia europeia para o mercado único digital; a Engenharia e competitividade; assim como o estado da utilização das tecnologias digitais em Portugal.

A Ordem dos Engenheiros convida, assim, os seus Membros a participar de forma ativa neste seu XXI Congresso Nacional, através da apresentação de Comunicações relacionadas com o seguinte agrupamento temático:
-   Infraestruturas, Energia e Transportes
-   Indústria e Serviços
-   Mundo Rural, Agricultura, Florestas e Sustentabilidade
-   Mar e Litoral
-  Ambiente e Recursos Naturais

Todas as informações relacionadas com a apresentação de Comunicações disponíveis no site do Congresso.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

EUA: risco de colapso de barragem obriga à retirada de cerca de 200 mil pessoas



          O alerta foi dado este fim-de-semana, depois de detetada erosão avançada em parte dos órgãos de descarga de cheia da Barragem de Oroville, no Norte da Califórnia. Com 230 metros de altura, esta é a mais alta barragem dos EUA, tendo como função o abastecimento de água, geração de eletricidade e controlo de cheias do Lago Oroville, que é um dos maiores lagos artificiais do mundo. Embora o paramento se mantenha intacto, a capacidade de resposta da estrutura à rápida subida do nível das águas encontra-se severamente afetada.


Imagens (adaptadas): via EngenhariaCivil.com; CMD-JOC
 
        Cerca de 200 mil pessoas tiverem de sair das suas casas, esta manhã, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos, devido ao risco de colapso da barragem de Oroville.

        As autoridades ordenaram a evacuação das localidades de Oroville, Palermo, Gridley, Thermalito, South Oroville, Oroville Dam, Oroville East e Wyandotte.




Imagens (adaptadas): via EngenhariaCivil.com; CMD-JOC



     A evacuação teve início depois de o Serviço Meteorológico Nacional ter emitido, na noite de domingo, um aviso de inundação pelo “potencial” colapso de uma secção da barragem de Oroville, situada a cerca de 250 quilómetros a nordeste de São Francisco.

       “Se isto não for resolvido, se não tratarmos disto, se não mitigarmos isto adequadamente… Essencialmente, estamos a trabalhar ao lado de uma parede de 30 metros de água que está a sair do lago. Não estamos a falar de drenagem mas de uma parede de 30 metros de água. Por isso, tomámos as providências necessárias. O xerife implementou o processo de evacuação”, afirma o chefe do departamento de proteção civil, Kevin Lawson.

       Segundo as autoridades, a barragem não está em perigo de colapso, mas há preocupações quanto à segurança da estrutura. 

      Desde a descoberta das fissuras, ao dique está a bombar quase 3 mil metros cúbicos de água por segundo para reduzir o volume de água do reservatório e com isso, diminuir a pressão na estrutura.
As equipas, no local, estão a tentar tapar o buraco com sacos de pedras.

Imagens (adaptadas): via EngenhariaCivil.com; CMD-JOC

Imagens (adaptadas): via EngenhariaCivil.com; CMD-JOC

Imagens (adaptadas): via EngenhariaCivil.com; CMD-JOC


Foto: Portal G1




Referências:
  1. http://pt.euronews.com/2017/02/13/eua-risco-de-colapso-de-barragem-obriga-a-retirada-de-cerca-de-200-mil-pessoas
  2. https://www.engenhariacivil.com/colapso-iminente-mais-alta-barragem-eua

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Vistorias nas pontes de Brasília - Parte II - Ponte JK

Na II parte da vistoria de pontes em Brasília será apresentada a Ponte Juscelino Kubitschek, ou Ponte JK.


Imagem: Setur.df.gov.br
   A Ponte Juscelino Kubitschek, também conhecida como Ponte JK ou Terceira Ponte, está situada em Brasília, ligando o Lago Sul, Paranoá e São Sebastião à parte central de Brasília, através do Eixo Monumental, atravessando o Lago Paranoá. 
Endereço: Brasília - DF, 70297-400
Início da construção: 2000
Inauguração: 15 de dezembro de 2002
Altura: 63 m
Comprimento total: 1.200 m
Localização: Brasília
Arquitetos: Alexandre Chan, Mário Vila Verde

Localização: 

  
    Foi eleita em 2003 como a ponte mais bonita do mundo pela Sociedade de Engenharia do Estado da Pennsylvania, nos Estados Unidos.

    A estrutura da ponte tem quatro apoios com pilares submersos no Lago Paranoá. Os três vãos de 240 metros são sustentados por três arcos assimétricos e localizados em planos diferentes, com cabos tensionados de aço colocados em forma cruzada, o que geometricamente faz com que os cabos formem um plano parabólico. Com seus arcos assimétricos, a estrutura em três arcos, inspirados "pelo movimento de uma pedra quicando sobre o espelho d'água", é única no mundo, comparável em forma mas não em sistema estrutural, como a passarela do Aquário Público do Porto de Nagoya, Japão. (Wikipédia)


Foto: gazetadopovo



Uma conquista de Engenharia e o desafio

      O arcos de sustentação da Ponte JK se encaixam diagonalmente nos pilares de sustentação produzindo esforços tridimensionais na fundação. O esforço horizontal foi o maior já encontrado em pontes pela engenharia humana, alcançando 3.500 toneladas-força. O cálculo da estrutura metálica foi realizado na Dinamarca. Alguns pilares, como o P6 e o P7, têm cada um 24 pilares verticais e 66 inclinados, para combater este esforço horizontal. 

Vista lateral - é possível observar a posição dos pilares inclinados e verticais
     
Foto: metalica.com.br
       As fundações tiveram que alcançar solo estável em grande profundidade, sendo fincadas a até 65 metros de profundidade. A região de Brasília se caracteriza por apresentar camadas de solo não homogêneas, sendo 13 tipos diferentes de subsolo alguns como o quartzito, (que só não é mais duro do que o diamante), o que somado ao enorme esforço horizontal provocou um aumento considerável nas fundações, e a construção de blocos de coroamento de grandes dimensões e com maioria de estacas inclinadas. 

       O segundo grande desafio a ser vencido, foi a montagem dos grandes arcos, executada com a utilização de pilares metálicos provisórios que os sustentaram até estarem completos. Outros pilares provisórios sustentaram os vãos do tabuleiro de rolagem, até que os estaios de sustentação vindos dos arcos estivessem prontos. (metalica.com.br)

Foto: metalica.com.br


Informações estruturais:

     A ponte JK possui um sistema construtivo com estruturas metálicas auxiliares para sustentação tanto dos tabuleiros quanto dos arcos. (FONSECA, 2007)

Abaixo segue o esquema de fixação dos estais de sustentação entre o tabuleiro e os arcos:

    Arcos metálicos: Os três arcos que constituem a parte central da ponte tem vãos de 24 metros de largura, dimensionado em conformidade com o disposto nas normas para rodovias de primeira classe. São os elementos principais da estrutura de suporte da ponte. As dimensões transversais dos arcos variam de 6,50 x 5,00 metros nas nascenças, a 5,00 x 3,00 metros no fecho central. (Fonte: Conhecendo Brasília.com)
    Estais: Os 16 estais de cada arco foram distribuídos em pares ao longo do tabuleiro com distâncias regulares de 20 metros, sendo oito estais de cada lado do tabuleiro, ligando a face interior dos arcos com as travessas de apoio que se projetam lateralmente dos tabuleiros. Os estais são compostos por cordoalhas de 15,7 mm de espessura, galvanizadas e protegidas por cera e bainha individual de PEAD. (Fonte: Conhecendo Brasília.com)






Após 9 anos da inauguração da ponte ocorreram alguns problemas no sistema de suporte da porte:

Foto do desnível causado na junta de dilatação da ponte JK (imagem: Agência Brasil)


        A Ponte JK  foi interditada em janeiro de 2011, devido a um desnível no piso, foi parcialmente liberada no final da tarde para veículos leves, como carros de passeio e motos. Além disso, a velocidade permitida enquanto persistir o problema será de 40 quilômetros por hora (km/h).
       Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) afirmou que o desnível foi constatado na região da junta de dilatação.
      Para o engenheiro Guilherme Sales Melo, do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade de Brasília (UnB), a falta de manutenção deve ser o principal motivo da falha.

(Fonte: Agência Brasil, 2011)

Vistoria na ponte feita dia 05/02/2017:

      Em fevereiro de 2017 fui verificar a situação da ponte JK, fazendo parte da série de artigos obre as ponte de Brasília, e alguma fotos foram tiradas nos principais locais de possíveis patologias apresentadas com o tempo.
    Nos pilares e aparelhos de apoios da ponte não foram observados a presença de patologias ou deteriorações estruturais.
  
Cabeça do pilar com os aperelhos de apoio responsável por receber as solicitações de carga da porte. (foto: Juarez)

vistas da parte inferior da ponte. (foto: Juarez)

Vigas de aço da ponte apoiadas sobre os aparelhos de apoio. (foto: Juarez)



Foto do aparelho de apoio que recebe a viga da ponte e distribui a carga de compressão no pilar. (foto: Juarez)

Imagem demonstra a colocação do aparelho de apoio da ponte no topo do pilar que irá receber a viga de sustentação.


Vista inferior da ponte da parte sul. (foto: Juarez)

As fotos a seguir mostra a situações atual das juntas de dilatação que apresentaram desnível no ano de 2011.


(foto: Juarez)
Imagem da junta de dilatação entre a rampa de acesso a ponte e o tabuleiro da ponte do lado norte. (foto: Juarez)

Imagem da junta de dilatação entre a rampa de acesso a ponte e o tabuleiro da ponte do lado sul da ponte (foto: Juarez)


    A camada de capa de asfalto da rampa de acesso ao tabuleiro da ponte encontra-se muito deteriorado.


(foto: Juarez)

          É possível observar que os maiores problemas da ponte JK são de má conservação, manutenção e limpeza, não apresentando no momento problemas estruturais.

Por fim, o próximo artigo será a etapa III, em que falaremos sobre a ponte projeta por Oscar Niemeyer com 400 metros de extensão. Inaugurada em 1976 a Ponte Honestino Guimarães (antigo  nome Ponte Costa e Silva).



Referências:

  1. https://arcoweb.com.br/finestra/arquitetura/alexandre-chan-ponte-lago-paranoa-01-01-2003 
  2. http://wwwo.metalica.com.br/ponte-jk-brasilia-ponte-do-mosteiro-terceira-ponte-do-lago-sul
  3. Arquivo Público do DF. Fundo Novacap. proc. 12610/69;
  4. VIA DRAGADOS. JK Brigde: Brasília. Rio de Janeiro: EducaBem Editora, 2002;
  5. FONSECA, Roger Pamponet. A Ponte Oscar Niemeyer em Brasília: Dissertação UNB. Brasília 2007.
  6. http://oglobo.globo.com/brasil/ponte-jk-em-brasilia-interditada-apos-problemas-de-desnivel-no-piso-2834686#ixzz4XwJZ2sZr
  7. http://www.conhecendobrasilia.com/ponte-jk
  
Sugestão de livro:



Título:  Jk Bridge Brasília

Autor: Usiminas Mecânica / Via Dragados

Editora: Usiminas

Estante: Arquitetura

Ano: 2002



XXI Congresso da Ordem dos Engenheiros "Engenharia e Transformação Digital”